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Usina de Itaipu valoriza mulheres na engenharia 1k3i2i

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Uma das funções mais importantes e desafiadoras na Itaipu, atualmente, é ocupada por uma mulher. A engenheira Renata de Biasi Ribeiro Tufaile é a gerente executiva do Plano de Atualização Tecnológica (PAT) da hidrelétrica, considerado o maior e mais complexo projeto da usina desde a sua construção. 4c3h20

Ela faz uma reflexão: “À medida que mais mulheres am espaços antes vistos como redutos masculinos, se desmistifica a correlação gênero/profissão e se consolida a realidade de que a diversidade promove o desenvolvimento”.

Projeto desafiador

Desde que se formou em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrotécnica, em 1998, na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), a engenheira Renata Tufaile conta que sempre teve vontade de trabalhar com sistemas de potência, com geração ou transmissão de energia.

Ela começou a carreira na Itaipu e seu primeiro trabalho na binacional foi na Divisão de Programação e Estatística, onde permaneceu até 2018, quando foi transferida para o gabinete do diretor técnico da época.

Entre 2019 e 2023, a engenheira ou a ocupar o cargo de assistente do diretor-geral brasileiro. Ao voltar para a Diretoria Técnica, sua área de origem, assumiu a gerência executiva do Plano de Atualização Tecnológica.

Para ela, estar à frente de um trabalho tão desafiador como o Plano da Atualização Tecnológica é motivo de orgulho. “Esse é um projeto de extrema importância porque vai garantir a continuidade do alto desempenho da usina”, avalia.

Cuidando das nossas florestas

Outra mulher de grande destaque na Itaipu é a engenheira florestal Veridiana Araújo da Costa Pereira, gerente da Divisão de Áreas Protegidas, onde começou sua carreira na empresa, em 2002.

Formada pela Escola Superior de Agricultura Luís de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), em 2000, Veridiana entrou na Itaipu em 2002, pelo programa Trainee, quando estava concluindo o mestrado pela mesma universidade.

A primeira atuação foi na recuperação das áreas degradadas no canteiro de obras da usina, hoje conhecidas como atividades de paisagismo e manutenção de áreas verdes.

Depois, ou a integrar a equipe que cuida da restauração florestal dos refúgios Biológico Bela Vista (RBV) e Maracaju, do Viveiro Florestal do RBV e também de inventários florestais e pesquisas. Mais recentemente, ela ou a coordenar o eixo biodiversidade do Núcleo de Inteligência Territorial (NIT), um convênio entre a Itaipu e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu.

Os trabalhos que mais marcaram a trajetória de Veridiana nesses 23 anos de casa foram a exposição “A floresta através dos sentidos”, em parceria com a Universidade Federal Latino-Americana (Unila), e a “Campanha dos 24 milhões de árvores”, referenciando o trabalho da Itaipu na restauração de seus refúgios e faixa de proteção. “Um verdadeiro trabalho de bioengenharia”, diz. 

A engenheira florestal diz que “é uma sorte para a engenharia e para a Itaipu ter mulheres competentes e dedicadas nas diferentes áreas da empresa, pensando, projetando, executando e criando soluções, ou seja, trazendo o seu melhor e quebrando preconceitos”.

Desafios na área de obras civis

A gerente do Departamento de Obras e Manutenção, a engenheira civil Janine Alicia Groenwold, também está à frente de grandes projetos da Itaipu. Entre eles, o da Ponte da Integração Brasil – Paraguai, sobre o Rio Paraná, ligando Foz do Iguaçu (BR) a Presidente Franco (PY), projeto que serviu também como uma espécie de banco de dados para a construção da futura Ponte Bioceânica, sobre o Rio Paraguai, que vai ligar Porto Murtinho (MS) a Carmelo Peralta, no Paraguai. Entre as informações de referência estão desembaraço aduaneiro, edital de licitação e definições do projeto.

Formada pela Universidade Federal do Paraná em 2010, Janine completa 10 anos de casa no próximo mês de outubro. A primeira função dela foi no Departamento de Obras e Manutenção, onde participou da elaboração do plano binacional de gestão de resíduos.

Mais tarde, teve a oportunidade de trabalhar na Divisão de Infraestrutura e Manutenção, principalmente na elaboração de convênios. Este trabalho resultou em várias parcerias, como a revitalização das áreas públicas de lazer de nove municípios lindeiros ao reservatório de Itaipu e a construção de 320 casas populares em outros 20 municípios da região. Depois, vieram os projetos mais desafiadores, como as obras rodoviárias, entre elas, a segunda ponte sobre o Rio Paraná e os.

Tendência

O bom trabalho desenvolvido pelas mulheres em Itaipu, inclusive em áreas que antes eram “redutos” masculinos, indica o acerto das políticas de gênero da usina e aponta para um futuro mais igualitário em número de profissionais de ambos os sexos.